quarta-feira, 9 de novembro de 2011

NOVA LARANJEIRAS: Índios prometem fechar BR 277 na sexta-feira

Informações: Area de Fronteira com Noticias Policias
Notícia publicada em 09/11/2011 - 08:13 - Autor: Miguel Angelo Siejka Imprimir
Créditos da Foto: arquivo/NP

Caos na saúde indígena nas aldeias Kaingang e Guarani do Rio das Cobras em Nova Laranjeiras, pode levar ao fechamento da BR 277 nas próximas horas. O assunto foi debatido ontem durante uma extensa reunião entre lideranças indígenas da região.

O fim de um convênio com a SESAI, Secretaria Especial de Saúde Indígena, deixou todos os profissionais que trabalham na área de saúde dentro da Reserva, sem salários e sem contratos. Uma enfermeira da Secretaria de Saúde de Nova Laranjeiras auxilia os indígenas neste setor, mas não é suficiente.

Como as tratativas para realização de um novo convênio são demoradas, o Cacique Angelo Rufino não descarta a possibilidade de fechar a BR 277 no trevo que dá acesso a Quedas do Iguaçu, como forma de pressionar as autoridades para a tomada de decisões rápidas que possam resolver o problema que envolve o pessoal da saúde da Reserva Indígena, inclusive os motoristas.

Novas reuniões deverão acontecer nesta quarta-feira(09/11) onde deverá sair uma decisão sobre o fechamento da BR. Se a tomada de posição for pelo fechamento da rodovia, é possível que aconteça na quinta-feira(10/11) e na sexta-feira(11/11). Eventualmente, o fechamento pode acontecer somente na sexta-feira próxima.

A situação nas demais aldeias indígenas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e parte de São Paulo, é desesperadora. Para se ter uma idéia, na Aldeia de Mangueirinha, todos os serviços cessaram nesta terça-feira(08). Não existe uma gota de dipirona para oferecer a alguém doente. Não tem água tratada na Aldeia e as aulas foram paralisadas.

No Rio das Cobras, Nova Laranjeiras, a Secretaria de Saúde enviou grande quantidade de medicamentos. Por isso, neste aspecto a situação está normalizada. No entanto, os indígenas têm água porque é de poço artesiano e os funcionários que estão sem salários e sem contratos se dispuseram trabalhar voluntariamente, fazendo todo o sistema funcionar.

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