Lágrimas da depressão
Por ser uma doença tão
incompreendida é que
muitos evitam falar.
Quem não experimentou,
não sabe o que significa não
ter forças emocionais para abrir
a janela para ver o sol.
O depressivo busca refúgio
no isolamento,
ele não se sente abandonado,
abandona-se,
desiste de si,
de uma certa forma.
Há pessoas que
choram seu destino,
mas ao depressivo
isso não acontece,
pois se chora é porque não
consegue ver destino,
nem bom, nem ruim,
apenas um vazio instalado
a alguns metros dos
seus olhos.
Falta vontade pra levantar,
pra andar, pra sair,
pra viver...
a única vontade que sobra
é a de dormir,
pois esta não pede esforço,
não exige ajuda e não obriga
ninguém a enfrentar o dia.
Na depressão só as lágrimas
são companheiras,
pois vêem sozinhas e ficam
juntas sem tentar consolar
e sem fazer perguntas
ou exigências.
Elas ficam,
simplesmente, presentes.
Que a vida é bela eu sei!
Ela é bela para quem ri
e para quem chora,
para quem espera e para
quem desespera.
Ela é bela quando é noite,
quando é dia,
quando a chuva canta na
janela e os ventos assobiam
estranhas canções.
Mas a beleza da vida não
é atrativo bastante para encher
uma alma de querer,
para injetar nela a vida
e novas perspectivas.
É preciso mais,
muito mais que a luz do
dia ou a suavidade de uma
flor para dar a uma pessoa
o desejo de se levantar e
recomeçar o caminho.
É difícil buscar forças quando
já utilizamos todas as
reservas possíveis,
mas é exatamente esse o
momento de dirigir-nos a Deus,
pois se nossas forças físicas
parecem mortas,
nosso pensamento está
bem vivo.
E é quando abandonamos
completamente nosso desejo
ao desejo de Deus que nos
tornamos mais fortes.
Que o depressivo não pense
que chegou ao fim do caminho,
ele apenas fez uma parada.
Há ainda muita estrada
pela frente,
novas perspectivas
e novos horizontes.
Quando Deus toma a direção
das nossas vidas é que as
janelas começam a se abrir,
que nosso coração bate um
pouco mais apressado
e começamos a encontrar
as soluções para o que antes
parecia perdido.
Podemos atravessar
a dolorosa estrada da depressão,
mas chegaremos ao fim dela,
pois se sozinhos nos sentimos,
sós já não estamos.
A vida continua linda,
continua bela.
E se já não sabemos mais olhar,
Deus nos ensina como
abrir os olhos.
TEXTO: Letícia Thompson
incompreendida é que
muitos evitam falar.
Quem não experimentou,
não sabe o que significa não
ter forças emocionais para abrir
a janela para ver o sol.
O depressivo busca refúgio
no isolamento,
ele não se sente abandonado,
abandona-se,
desiste de si,
de uma certa forma.
Há pessoas que
choram seu destino,
mas ao depressivo
isso não acontece,
pois se chora é porque não
consegue ver destino,
nem bom, nem ruim,
apenas um vazio instalado
a alguns metros dos
seus olhos.
Falta vontade pra levantar,
pra andar, pra sair,
pra viver...
a única vontade que sobra
é a de dormir,
pois esta não pede esforço,
não exige ajuda e não obriga
ninguém a enfrentar o dia.
Na depressão só as lágrimas
são companheiras,
pois vêem sozinhas e ficam
juntas sem tentar consolar
e sem fazer perguntas
ou exigências.
Elas ficam,
simplesmente, presentes.
Que a vida é bela eu sei!
Ela é bela para quem ri
e para quem chora,
para quem espera e para
quem desespera.
Ela é bela quando é noite,
quando é dia,
quando a chuva canta na
janela e os ventos assobiam
estranhas canções.
Mas a beleza da vida não
é atrativo bastante para encher
uma alma de querer,
para injetar nela a vida
e novas perspectivas.
É preciso mais,
muito mais que a luz do
dia ou a suavidade de uma
flor para dar a uma pessoa
o desejo de se levantar e
recomeçar o caminho.
É difícil buscar forças quando
já utilizamos todas as
reservas possíveis,
mas é exatamente esse o
momento de dirigir-nos a Deus,
pois se nossas forças físicas
parecem mortas,
nosso pensamento está
bem vivo.
E é quando abandonamos
completamente nosso desejo
ao desejo de Deus que nos
tornamos mais fortes.
Que o depressivo não pense
que chegou ao fim do caminho,
ele apenas fez uma parada.
Há ainda muita estrada
pela frente,
novas perspectivas
e novos horizontes.
Quando Deus toma a direção
das nossas vidas é que as
janelas começam a se abrir,
que nosso coração bate um
pouco mais apressado
e começamos a encontrar
as soluções para o que antes
parecia perdido.
Podemos atravessar
a dolorosa estrada da depressão,
mas chegaremos ao fim dela,
pois se sozinhos nos sentimos,
sós já não estamos.
A vida continua linda,
continua bela.
E se já não sabemos mais olhar,
Deus nos ensina como
abrir os olhos.
TEXTO: Letícia Thompson
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