Paulo Bernardo nas asas da Sanches e Tripoloni
Reportagem da revista Época que acaba de chegar às bancas recoloca o ministro Paulo Bernardo e sua mulher, a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no olho do furacão. As ligações perigosas entre o casal ministerial e a empreiteira Sanches e Tripoloni, escolhida para construir o contorno norte de Maringá, que doou R$ 500 mil para a campanha de Gleisi ao Senado são ainda mais profundas do que havia sugerido o ex-diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot.
A revista Época relata: “Um parlamentar que integra a base de apoio do governo Dilma no Congresso relatou a ÉPOCA que viu Paulo Bernardo embarcar no ano passado no avião da construtora Sanches Tripoloni em um terminal do Aeroporto de Brasília, usado por empresas que operam aviões particulares. Outro parlamentar, de oposição ao governo, também afirmou que a chefe da Casa Civil da Presidência da República, a ministra Gleisi Hoffmann, mulher de Paulo Bernardo, usou o avião em sua pré-campanha ao Senado Federal pelo Paraná. Na ocasião, Gleisi era presidente regional do PT e não ocupava cargo público. Bernardo era simplesmente o responsável pelo Orçamento da União e por definir as verbas para obras públicas”.
A revista prossegue explicando porque essas relações entre Paulo Bernardo e essa empreiteira são complicadas: Como ministro do Planejamento, Paulo Bernardo mostrou um empenho especial na construção do Contorno Norte de Maringá, no Paraná – uma obra tocada pela empreiteira Sanches Tripoloni, que já custa o dobro de seu preço original. Inicialmente, Bernardo ajudou a liberar verbas para a obra, destinadas por meio de emendas parlamentares ao Orçamento da União. Depois, Bernardo conseguiu incluir a construção do contorno no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que livrava o empreendimento da dependência de emendas parlamentares, sempre sujeitas a contingenciamentos e cortes orçamentários. Em junho de 2010, Paulo Bernardo convenceu o então presidente Lula a assinar um decreto incluindo o anel rodoviário de Maringá num regime especial no PAC. No mundo das acirradas disputas por verbas em Brasília, o regime especial equivale a um passe de mágica: assegura transferências obrigatórias de dinheiro público para o empreendimento”.
http://www.fabiocampana.com.br/2011/08/paulo-bernardo-nas-asas-da-sanches-e-tripoloni/
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