Uma decisão do governo sobre o reajuste dos benefícios da Previdência no ano que vem provocou queixas de aposentados
A presidente Dilma Rousseff vetou mais de 30 itens da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estabelece as prioridades de gastos do governo no ano que vem. Entre eles, o artigo 48. Ele previa recursos para a política de ganhos reais de aposentadorias e pensões, que seria definida com centrais sindicais e representantes dos aposentados. A justificativa do governo é que não há como prever qual será o montante de recursos, já que até o envio do projeto de lei, esta política pode ainda não ter sido definida. O veto frustrou o Sindicato Nacional dos Aposentados, ligado à força sindical. O presidente João Inocente alega que o aumento acima da inflação beneficiaria os aposentados que ganham mais de um salário mínimo.A Central Única dos Trabalhadores (CUT) defendeu aumento real para todas as aposentadorias e reivindicou que o veto não impeça um processo de negociação para valorizá-las. Desde o início do Plano Real, os aposentados que ganham um salário mínimo tiveram um reajuste de 741,2%. Já para os que ganham mais que o mínimo, o aumento ficou em 344,6%. Segundo o Ministério da Previdência, o governo paga quase 19 milhões de benefícios no valor de um salário mínimo, e quase 10 milhões acima de um salário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário