Pelo menos 168 Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) do Paraná ficaram inativos nos últimos dois anos. O número equivale a 60% do total de 278 unidades que existem no papel e deveriam trabalhar para defender os interesses de seus municípios e bairros – pontos relacionados à segurança pública, educação, saúde, terceira idade e trânsito. Os números são da União Estadual dos Consegs do Paraná (Uniconseg). Os principais fatores que levam à desmotivação dos líderes locais são o medo e a insegurança de lutar pelas questões que dizem respeito à comunidade. “Desmotivação, medo, ameaças e falta de proteção e incentivos fazem com que os presidentes dos Consegs abandonem os grupos. O presidente é eleito pela comunidade, mas, com o passar dos meses, percebe que não tem proteção para atuar e defender os interesses daquela localidade. Por isso, desistem e os Consegs acabam fechando”, conta o presidente e fundador da Uniconseg, José Augusto Soavinski.
Outra dificuldade, segundo Soavinski, é garantir as exigências feitas pela população durante as reuniões. “As pessoas pedem mais policiamento, reativação da polícia comunitária etc. Mas, ao buscar isso junto ao poder público, não temos retorno. Isso desanima os presidentes, já que acabam se tornando ‘vilões’ por não conseguirem atender aos pedidos da sociedade”, diz.
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