sexta-feira, 9 de março de 2012

30 ton de batatas são despejadas às margens da BR 277 em Guarapuava

Descarte foi realizado a cerca de 400 metros do Viveiro do IAP.
30 ton de batatas são despejadas às margens da BR 277 em Guarapuava
Cerca de 30 toneladas de batatas foram despejadas a cerca de 400 metros do Viveiro Florestal do IAP, na BR 277, em Guarapuava, na madrugada de ontem (08). O descarte foi feito em uma área particular e acabou invadindo parte da estrada. IAP e Vigilância Sanitária foram acionados e as batatas devem ser retiradas e depositadas no aterro sanitário.

Os vizinhos próximos ao local afirmam não ter visto ou ouvido nada durante a madrugada. No total, foram duas cargas (dois caminhões) de batatas despejadas. O produto já apresenta forte odor e está com brotos, sendo considerado impróprio para o consumo humano. Além disso, há sementes de batata com tratamento específico para o plantio.

O aposentado Antonio Lopes estava no local, catando algumas batatas para levar para casa. Segundo ele, pela manhã, muitas pessoas recolheram o produto no local. “Isso é inaceitável. Ao invés de darem para os pobres, esperam apodrecer para jogar fora”, desabafou o aposentado.

De acordo com o chefe do Escritório Regional do IAP em Guarapuava, Arildo Ferreira, uma equipe esteve no local na manhã de hoje (09) realizando os levantamentos. “Foi constatado que não se caracteriza como um acidente ambiental, mas sim como um problema de saúde pública, uma vez que há denúncias de que muitas pessoas estariam coletando as batatas para consumo humano. Entramos em contato com o setor de Vigilância Sanitária da Prefeitura de Guarapuava e comunicamos o fato”, explicou Arildo.

Conforme o chefe do IAP, a preocupação estava no fato de as batatas estarem jogadas a cerca de 300 metros do Rio das Mortes. “Qualquer coisa que se faça ao meio ambiente pode causar pequenos danos. Mas a distância, mesmo que chova, entre o local onde as batatas foram descartadas e o Rio das Mortes é segura e não há riscos de contaminação. Nossa orientação é de que a Prefeitura procure o proprietário daquela área e sugira que ele a cerque, pois o local é ponto freqüente de descartes de todos os tipos. Se a área for cercada, irá dificultar essas ações que podem causar danos ambientais naquele local”, destacou Arildo.

Aterro Sanitário

Por outro lado, o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Guarapuava, Dr. Fernando Pedrotti, informou que uma equipe da Vigilância esteve no local e tomou as devidas providências. “Fomos avisados próximo ao meio-dia de hoje e uma equipe foi deslocada até o local. A situação é preocupante e as batatas descartadas serão coletadas e transferidas para o aterro sanitário. Como o descarte foi feito durante a madrugada e os vizinhos afirmam não ter visto nada, está sendo difícil encontrar o autor desse fato. O correto seria quem fez o descarte arcar com as despesas da coleta e transferência do produto para o aterro, além de responder judicialmente pelo ato”, afirma Fernando Pedrotti.
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