IPI reduzido para linha branca será prorrogado por três meses
A equipe econômica vai prorrogar por mais três meses a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para artigos da chamada linha branca (geladeiras, tanquinhos, máquinas de lavar e fogões). O benefício, que foi anunciado em dezembro, cortou por exemplo o IPI da geladeira de 15% para 5% e o do fogão de 4% para zero. Ele terminaria no próximo dia 31. A avaliação é que a medida ajudou a aumentar o emprego e a incentivar o consumo. Os técnicos também estudam reduzir o IPI para outros bens de consumo e de capital, bem como o PIS/Cofins para mais alimentos . Ainda para estimular o consumo, o governo poderá fazer nova redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o crédito, hoje com alíquota de 2,5%. Ele pode recuar a 2% ou mesmo 1,5%. Outra arma do governo para turbinar a economia e elevar a competitividade da indústria é ampliar a desoneração da folha de pagamento. Além de reduzir o custo das empresas com encargos trabalhistas, daria alívio importante para o exportador . A desoneração implica eliminar a cobrança de uma contribuição previdenciária de 20% sobre a folha em troca de um percentual de 1,5% a 2,5% sobre o faturamento. Mas, para os exportadores, o faturamento sobre essa receita não é tributado. Ou seja, se uma empresa vender tudo o que produz no mercado externo, simplesmente não pagará nada sobre a folha, nem sobre o faturamento. Em 2011, o governo desonerou a folha dos setores de calçados, couros, confecções, software e call centers. Agora entrarão no benefício têxteis, autopeças, máquinas e equipamentos, indústria naval e aeroespacial. Os técnicos estudam ainda a inclusão de segmentos de serviços e a produção de energia. Além disso, as alíquotas entre 1,5% e 2,5% vão cair para taxas inferiores a 1%, podendo chegar a 0,8%. Outras linhas de ação são fazer uma "contenção seletiva" das importações e adotar novas medidas para barrar a entrada predatória de produtos do exterior. O governo vai ainda elevar a oferta de crédito do BNDES para mais setores. A fim de alcançar a meta da presidente Dilma Rousseff de crescer 4,5% este ano, o governo decidiu ontem ampliar em R$ 2 bilhões o dinheiro do BNDES para financiamento de médias, pequenas e microempresas que fazem parte do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). (gazeta do povo)
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