Do Carlos Alberto Pessoa para a Ideias
Nossa Assembleia Legislativa tem 54 cadeiras, das quais apenas 14 são ocupadas pela oposição; se espremermos bem o número cai abaixo de dez, se aproxima dos dedos de uma só mão.
- Devemos rir ou chorar?
- Nenhuma coisa nem outra; tentemos entender.
Não é um fato novo, ao contrário; talvez seja tão velho quanto a Sé de Braga, pelo menos neste nicho dos tristes trópicos; refiro-me ao Paraná. Que desde a democratização posterior à cruenta e odiosa ditadura Vargas (apenas 15 anos ininterruptos no poder praticamente sem contraste) sempre teve folgadas maiorias de apoio ao governo, exceto no brilhante primeiro mandato do Ney Braga, o que não o impediu de emplacar criativa e modernizadora gestão.
Fora do governo não há salvação, repetia o general Golbery do Couto e Silva. Que apenas ecoava mantra talvez contemporâneo do desembarque do luso no patropi. É o que pensam nove em dez políticos brasileiros. Produtos da nossa (in)cultura cívica, de vícios centenários, de mentalidade áulica. Macunaíma é o nosso herói.
- Oposição?!
- Ai que preguiça!
fabiocampana.com.br
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