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Em novembro e dezembro de 2010, Projeto teria obtido R$ 10 milhões. Segundo “Folha”, assessoria atribuiu a quitações por serviços prestados
G1/Globo.com
Reportagem publicada na edição deste sábado (21) do jornal “Folha de S.Paulo” informa que a consultoria Projeto, empresa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, teve um faturamento de R$ 10 milhões em novembro e dezembro do ano passado, período entre a eleição e a posse da presidente Dilma Rousseff. Em todo o ano de 2010, segundo o jornal, a empresa faturou R$ 20 milhões.
Palocci recebeu nesta sexta (20) prazo de 15 dias da Procuradoria Geral da República para prestar esclarecimentos sobre a evolução patrimonial entre 2006 e 2010.
De acordo com o jornal, em 2006, a empresa de Palocci faturou R$ 160 mil e, em 2010, R$ 20 milhões. No ano passado, o atual ministro coordenou a campanha para presidente de Dilma e depois chefiou a equipe de transição de governo.
A assessoria da Projeto, segundo informou a “Folha”, atribuiu o faturamento de R$ 10 milhões no ano passado ao cancelamento de contratos depois de Palocci ter decidido encerrar as atividades de consultor, em razão de ter se tornado ministro da Casa Civil.
Segundo relato do jornal, a assessoria relacionou o faturamento da empresa no ano passado à “quitação antecipada pelos serviços prestados após acordos com os clientes”.
Em dezembro, a Projeto mudou a atividade de consultoria para a de administradora de imóveis. Segundo a Casa Civil, os dois únicos imóveis administrados pela Projeto são um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil adquiridos pela empresa em 2010.
De acordo com reportagem publicada neste sábado no jornal “O Globo”, a Projeto é uma das empresas que fizeram negócios com uma grande incorporadora paulista e teriam realizado “mnovimentações atípicas”, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão subordinado ao Ministério da Fazenda.
São consideradas “atípicas” pela Receita Federal movimentações financeiras de somas muito elevadas e fora dos padrões ou da capacidade financeira do correntista.
Em nota divulgada na última quinta, o Ministério da Fazenda negou que o Coaf tenha enviado à Polícia Federal um relatório comunicando que a Projeto realizou operação financeira suspeita na compra de um imóvel. A Polícia Federal também negou que estivesse investigando a empresa de Palocci.
Segundo “O Globo”, ao levantar informações sobre grandes movimentações financeiras, técnicos do Coaf identificaram a Projeto como uma das empresas que fizeram negócios com a incorporadora.
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