|   O Sr. Edgar era o editor de uma folha  semanal. Em certa ocasião, entrou numa polêmica com diversos jornais, que não  concordavam com suas idéias. A luta foi se acirrando cada vez. Certa manhã, O  Sr. Saulo, diretor-proprietário de um dos jornais contrários, bateu na porta da  redação do semanário do Sr. Edgar, para ajustar contas com ele por causa de uma  injúria que julgava ter recebido. O Sr. Saulo estava furioso e, durante  uns 15 minutos, falou sem parar, xingando, insultando e ameaçando o Sr. Edgar. O  Sr. Edgar ouviu tudo sem abrir a boca.  Quando, finalmente, O Sr. Saulo parou  de falar, e ficou esperando uma resposta à altura, O Sr. Edgar, depois de uma  breve pausa, disse, apenas: - Sr. Saulo, aquele editorial do último  número de seu jornal, sobre os novos métodos de agricultura racional, foi o Sr.  que escreveu? - Fui, sim. - Respondeu o Sr. Saulo,  surpreso pela pergunta. - Meus parabéns! Um artigo excelente no  fundo e na forma. O senhor permite que eu o publique, com seu nome, claro, no  próximo número do meu jornal? O Senhor Saulo não sabia o que dizer.  Sentiu-se quase ridículo diante do Sr. Edgar a quem acabava de insultar  ferozmente. O Sr. Edgar não só não tinha revidado, mas louvou o artigo que ele  escrevera no seu jornal e estava pedindo-lhe um favor!  Por isso mais do que responder,  balbuciou, finalmente : - Sim, sim... o senhor pode... pode  publicar o artigo... Desculpe... preciso ir...Tenho um compromisso... Até  logo!... E saiu apressado, meio tonto, passando  o lenço pela testa... A partir de então, o Sr. Edgar e o Sr.  Saulo se tornaram grandes amigos, e nunca nas conversas entre eles se fez alusão  a este primeiro encontro...  (Adaptado de um  texto de Humberto Rohden, por GCC)   | 
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