A descoberta foi facilitada pelo choro da criança, que estava ainda envolta no cordão umbilical e suja de líquido amniótico e sangue. Silva conta que o terreno para onde levava o animal, e perto de onde fica o bueiro, está a cerca de 50 metros de sua residência, na avenida Jockei Club (zona leste da cidade). A tampa do bueiro, diz ele, estava uns 20 centímetros arrastada. Ao olhar para o fosso de quase 2,5 metros abaixo dele, levou um susto.
“Quando vi que era um bebê jogado naquele buraco, não sabia se eu corria, se pulava lá dentro, porque é um ser humano tão frágil... Fiquei tão desesperado que chamei meu cunhado para me ajudar a levantar a tampa do bueiro”, relata o manobrista, que conta ter lembrado, de imediato, do filho de quatro meses. Casado, ele também é pai de uma adolescente de 15 anos.
Interessados na adoção da pequena, eles farão hoje à tarde uma visita a ela no Hospital Universitário de Londrina, onde está internada. O casal irá junto com um representante do Conselho Tutelar que avaliará as condições socioeconômicas da família, antes de dar um parecer sobre o caso.
Alta da UTI
No HU de Londrina, a assessoria de imprensa informou que a recém-nascida passa bem e teve alta nesta manhã da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal. Conforme o hospital, a criança tem um padrão respiratório e “já está corada”, apesar de escoriações e um ferimento sem gravidade na cabeça. Não há, porém, previsão de liberação.A Polícia Civil ainda não tem pistas de quem é a mãe da criança, nem de quem pode ter abandonado a recém-nascida.
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