O professor Emerson Algeri recebeu o convite para se filiar ao PSDB como potencial candidato a prefeito nas próximas eleições. A informação gerou alarde nos bastidores políticos de Laranjeiras do Sul, pois colocaria fim em uma possível coligação com o candidato do atual prefeito e do PMDB.
Indagado se abriria mão da candidatura para oportunizá-la à Algeri, o vice-prefeito Walter Becker disse que irá se manifestar sobre o assunto só depois da concretização da filiação do professor. Já o tucano e presidente da Câmara de Vereadores, Assis Amarante, disse que antes de qualquer decisão, o diretório municipal deve se reunir para discutir o assunto. Na sua visão, não há desentendimentos entre Berto Silva e o deputado Rossoni. “O PMDB faz parte da base aliada no Estado. Em Laranjeiras, acho difícil o PSDB não apoiar o candidato do Berto. Mas não há nada definido”, adiantou.
Berto Silva ressaltou que a possibilidade do PMDB apoiar um candidato do PSDB é totalmente viável. “É possível, desde que não seja o Algeri. Somos adversários e não acredito no projeto dele”, enfatizou. Segundo Berto, o convite também foi dirigido à pessoas ligadas ao atual governo, como os secretários Everson Mesquita e Valdemir Scarpari. “Os dois partidos hoje comandam juntos o município. Meu esforço é para repetir a aliança, mas isso os diretórios é que vão decidir”, completou.
OPOSIÇÃO
Emerson que já esteve no PMDB, PV, PDT e atualmente é filiado ao PSC, disse que recebeu a notícia como um voto de confiança e a encarou com muita responsabilidade. Algeri contou que ao longo de sua vida política teve várias experiências que possibilitaram o amadurecimento de alguns projetos. O principal deles, sempre foi uma candidatura consolidada e com alianças fortes. “Teve partido que não me deu essa autonomia. Houve barreiras e para serem quebradas iria ser muito doloroso não só para mim, mas para as pessoas que estavam lá dentro”, revelou.
DECISÃO SERENA
Segundo ele, o atual momento é bastante claro, mas teme que a população não entenda da mesma forma. Segundo ele, a maioria dos partidos toma decisões às escuras, atitude repudiada por seu grupo. A intenção é que as tratativas sejam tornadas públicas logo depois de sua concepção. “Meu estilo é através do diálogo, mas se de repente o caminho envereda para outro lado, eu prefiro repensar os planos”, ressaltou.
Emerson frisou que a atitude não deve ser encarada simplesmente como uma troca de partido, mas sim como uma agremiação. Segundo ele, há tratativas com todas as siglas pelas quais já passou, em especial o PSC. “O partido não me barra, pelo contrário, me apoia nas decisões e sugere a conjuntura com o PSDB”.
Na próxima segunda-feira (19), Algeri irá à Curitiba para uma reunião com o governador Beto Richa e o deputado Rossoni. “Se a população me disser com clareza para não aceitar o convite, eu recuo. Entrando ou não no PSDB eu continuo na oposição”, completou.
http://www.jcorreiodopovo.com.br/exibenoticia.php?id=convite-a-algeri-inviabilizaria-apoio-de-berto-silva-ao-psdb
Nenhum comentário:
Postar um comentário