2,8 milhões dos casos de câncer estão ligados ao estilo de vida
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Naiana descobriu a doença em dezembro de 2010. Em fevereiro desse ano, inciou os exames. Professora de Educação Física há três anos, sempre atenta à estética, percebeu alterações em algumas regiões do seu corpo que começaram a crescer anormalmente. Então procurou um médico, que constatou a doença. “Fiquei sem chão, parecia que o mundo tinha acabado. Mas tive todo apoio da minha família e do meu namorado. E com o tempo descobri que tinha lutar, que tinha força”, relata. Naiana conta que seu tratamento é mais sofrido, por sua quimioterapia ser do tipo vermelha, e com 15 dias perde todos os cabelos. No próximo mês realiza a última sessão. Após isso, fará novos exames para ver se a doença voltará. Desde que descobriu que tinha câncer, sua rotina mudou totalmente. Parou de trabalhar, fazer academia, jogar basquete, diminuiu as festas devido a imunidade do seu corpo ser baixa. “Quero voltar a tudo, dar minhas aulas, ver meus alunos”, conclui. Para Naiana as pessoas nunca devem deixar de lutar pela vida. Devem valorizar cada pequeno detalhe e não desistir de lutar. “Os jovens devem valorizar mais suas famílias, pois são tudo”, completa. Superação Outra história de superação é vivida pelo vereador de Nova Laranjeiras, Leonildo Galvão. No início de agosto deste ano, por conta de dores no braço e na clavícula procurou atendimento médico no Rio Guarani e constatou anormalidades em sua saúde. Em Cascavel realizou mais exames e fez a cirurgia para retirada de um pedaço de nódulo. Constatou que se tratava de um linfoma benigno na região da garganta. “Realizo quimioterapia a cada 15 dias. E na outra semana exames para ver o estágio do tratamento”, explica. Em atividade na Câmara Municipal, mesmo com atestados médicos preferiu trabalhar. A data prevista para término do tratamento é dezembro. “Toda pessoa que sentir alguma diferença no seu corpo, como dores deve procurar um médico. Não espere. Realize checapes periodicamente”, orienta Leonildo. 12 milhões de casos por ano Segundo a ONG World Cancer Research Fund - WCRF são registrados 12 milhões de casos de câncer por ano no mundo todo. Este número só e tende a crescer. Além disso, dados revelam que 2,8 milhões dos casos de câncer estão ligados ao estilo de vida do portador da doença. Fatores como falta de atividades físicas, má alimentação e sobrepeso podem levar ao câncer. Dr. Sérgio Azevedo, oncologista do Instituto do Câncer Mãe de Deus, de Porto Alegre/RS alerta que é preciso ter cuidados gerais com a saúde. “As mulheres devem frequentar o ginecologista e homens o urologista especialmente após os 50 anos”, recomenda. HÁBITOS Muitas das neoplasias (crescimento celular controladas e não controladas) mais prevalentes tem relação com os hábitos, maus hábitos e padrões de vida moderna. O tabagismo é o exemplo clássico e gritante. Além deste, o mau hábito da exposição excessiva ao sol, etilismo habitual e exagerado, multiplicidade e promiscuidade sexual são exemplos claros. “O estresse da vida atual, a má alimentação são fatores de difícil mensuração mas relacionam-se à saúde geral”, esclarece Dr Sérgio. PREVENIR Uma forma de prevenir é evitar os fatores de risco. Isto é chamado de prevenção primária. Quando procuramos detectar precocemente o câncer, altamente desejável, como quando fazemos mamografia ou exame do cólon estamos fazendo a prevenção secundária. “Os casos mais comuns no Brasil são cânceres de pulmão, intestino grosso, mama e próstata. É sobre esta incidência que temos que focar e trabalhar para prevenção primária e secundária”, informa Dr. Sérgio. Segundo eles as pessoas não nascem com células cancerígenas. “É adquirido aleatoriamente, ao acaso pelo atual conhecimento ou provocada pela exposição aos fatores de risco, por exemplo o tabaco, radiação”, completa. O diagnóstico precoce que é a prevenção secundária oferece chance de cura para quase todas as neoplasias. “Câncer inicial tem cura. Todo esforço e atenção vale a pena”, conclui. PRINCIPAIS VÍTIMAS As doenças oncológicas podem atingir qualquer idade embora sejam doenças diferentes conforme a faixa etária. É verdade entretanto que ao envelhecer aumenta o risco. O prolongamento da vida média da população aumenta o tempo para exposição a agentes causadores e o processo natural de envelhecimento ao nível celular propicia mutações. TRATAMENTOS A cirurgia e a radioterapia tem potencial curativo, tanto maior quanto mais inicial for o diagnóstico. “A combinação de métodos de tratamento ou a sequência forma a base do tratamento oncológico atual. E esta multi disciplinaridade é responsável por grandes avanços no tratamento do câncer”, explica Dr. Sérgio. Conforme o médico para o tratamento ser um sucesso é preciso diagnosticar cedo, com uma abordagem multiprofissional. Fornecer os melhores tratamentos disponíveis e atender os pacientes em suas necessidades durante e depois dos tratamentos, atendendo as necessidades físicas e espirituais. TECNOLOGIA A tecnologia permitiu o aparecimento de novas opções para atender os pacientes com câncer. Aplicação criteriosa da metodologia científica tem permitido estabelecer novos parâmetros e aplicações de modalidades cirúrgica, técnicas de radioterapia e o desenvolvimento de novas drogas. Grandes avanços no entendimento do processo tumoral em nível intra celular e de receptores de comunicação com o núcleo das células levará a identificação de novos alvos para intervenção. Estes alvos terapêuticos e os medicamento usados para afetar e bloquear alguns deles são avanços desta década em uso corriqueiro para algumas poucas situações. http://www.jcorreiodopovo.com.br/exibenoticia.php?id=cancer-inicial-tem-cura |
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