Uma semana depois que o técnico do Vasco, Ricardo Gomes, sofreu um acidente vascular cerebral durante uma partida, o Fantástico deste domingo (4) traz reportagem sobre como agir se alguém perto passa mal e desmaia. Como saber se o caso é grave?
Ricardo Gomes foi atendido pela equipe médica com dificuldade para se levantar. Ele teve um acidente vascular cerebral (AVC). Existem dois tipos: o isquêmico, quando uma artéria que leva o sangue ao cérebro é obstruída; e o hemorrágico, quando a artéria se rompe. O técnico teve o segundo tipo, mais raro. A dificuldade de fazer movimentos simples é um dos sinais do AVC.
“Quando chegamos para fazer o atendimento no Ricardo, a gente já percebeu que o lado direito dele já estava sem essa função. Aí a gente acionou a ambulância rapidamente”, contou Gustavo Campos, diretor médico do Engenhão.
Antes de qualquer coisa, a recomendação é acionar o serviço de emergência. Ligue imediatamente para os telefones 190, 192 ou 193 em todo o Brasil. O Fantástico convidou um grupo de pessoas comuns, sem qualquer treinamento em primeiros-socorros, para receber uma aula sobre o assunto. Um ator simula as situações de emergência. Um grupo de especialistas mostra o que fazer nessas situações.
A primeira simulação é o AVC. “A pessoa fica com suor, muita falta de ar, tontura e um formigamento. Nesse formigamento, ele procura algum local para apoio, mas não consegue. Imediatamente, ele vai caindo”, explica o socorrista, que continua o atendimento. “Você tem uma pessoa, um ser humano, que precisa da sua ajuda. Você tem que ter essa consciência. Aproxime-se do paciente imediatamente, você vai tentar verificar se ele está consciente.”
No caso de convulsão, a crise pode durar segundos ou minutos. O mais importante é evitar que a pessoa bata a cabeça no chão. Para isso, é preciso usar um apoio, como um pano, ou uma blusa. Quando a convulsão parar, a cabeça deve ser colocada de lado para que ele respire melhor.
Outra situação é o infarto com parada cardíaca. “Ele começa a dirigir a sua mão ao peito, uma dor clássica no lado esquerdo”, aponta a socorrista. Nessa hora, é preciso checar a pulsação. “Eu venho com dois dedos no meio do pescoço. Ele começou a ter dor outra vez, uma dor muito forte e agora ele parou de respirar e parou de se movimentar”, explica. Se ocorrer uma parada cardíaca, deve-se fazer uma compressão do tórax. “Ela vai mantendo um fluxo sanguíneo cerebral, um fluxo constante para evitar uma lesão cerebral”, diz.
Segundo as recomendações mais recentes, a respiração boca a boca só deve ser feita por especialistas em socorro, e não por leigos. “A cada minuto de retardo do atendimento, você perde 10% de chance de salvar essa vida”, alerta o socorrista.
A rapidez foi crucial no caso do auxiliar administrativo Rafael Carvalho. Há dois anos, ele voltava de metrô para casa quando teve uma parada cardíaca. “Eu me lembro, na realidade, de ter caído e de não ter sentido nenhuma dor. Apenas caído como se fosse desmaiar”, conta. Um médico residente seguia no mesmo vagão. Com a ajuda de um funcionário do metrô, treinado em primeiros socorros, Rafael foi atendido ali mesmo.
“O importante é que quem tem esse tipo de conhecimento não pense e não tenha nenhum tipo de preconceito na hora de atender uma pessoa”, afirma o auxiliar administrativo. “É uma história que vamos levar para o resto da vida”, disse o funcionário do metrô.
De volta ao treinamento, o ator agora simula um desmaio. “Utilizar álcool ou vinagre e passar nos pulsos da pessoa. Isso deve ser feito?”, pergunta um homem. “Não, esse álcool, quando inalado, é um sinal de agressão para o sistema nervoso central”, explica a socorrista.
Tapas e chacoalhões também não são recomendados. O importante é checar se a pessoa está respirando e com pulsação normal. “Se estiver tudo bem, resta aguardar, porque é uma situação transitória”, garante a socorrista.
Se a saliva, por exemplo, estiver atrapalhando a respiração, é preciso manter o pescoço esticado, liberando a circulação de ar. Os primeiros-socorros são fundamentais para evitar sequelas mais graves. “Cada minuto é importante para salvar o cérebro”, afirma o neurologista Rubens José Gagliardi.
Ricardo Gomes foi atendido pela equipe médica com dificuldade para se levantar. Ele teve um acidente vascular cerebral (AVC). Existem dois tipos: o isquêmico, quando uma artéria que leva o sangue ao cérebro é obstruída; e o hemorrágico, quando a artéria se rompe. O técnico teve o segundo tipo, mais raro. A dificuldade de fazer movimentos simples é um dos sinais do AVC.
“Quando chegamos para fazer o atendimento no Ricardo, a gente já percebeu que o lado direito dele já estava sem essa função. Aí a gente acionou a ambulância rapidamente”, contou Gustavo Campos, diretor médico do Engenhão.
Antes de qualquer coisa, a recomendação é acionar o serviço de emergência. Ligue imediatamente para os telefones 190, 192 ou 193 em todo o Brasil. O Fantástico convidou um grupo de pessoas comuns, sem qualquer treinamento em primeiros-socorros, para receber uma aula sobre o assunto. Um ator simula as situações de emergência. Um grupo de especialistas mostra o que fazer nessas situações.
A primeira simulação é o AVC. “A pessoa fica com suor, muita falta de ar, tontura e um formigamento. Nesse formigamento, ele procura algum local para apoio, mas não consegue. Imediatamente, ele vai caindo”, explica o socorrista, que continua o atendimento. “Você tem uma pessoa, um ser humano, que precisa da sua ajuda. Você tem que ter essa consciência. Aproxime-se do paciente imediatamente, você vai tentar verificar se ele está consciente.”
No caso de convulsão, a crise pode durar segundos ou minutos. O mais importante é evitar que a pessoa bata a cabeça no chão. Para isso, é preciso usar um apoio, como um pano, ou uma blusa. Quando a convulsão parar, a cabeça deve ser colocada de lado para que ele respire melhor.
Outra situação é o infarto com parada cardíaca. “Ele começa a dirigir a sua mão ao peito, uma dor clássica no lado esquerdo”, aponta a socorrista. Nessa hora, é preciso checar a pulsação. “Eu venho com dois dedos no meio do pescoço. Ele começou a ter dor outra vez, uma dor muito forte e agora ele parou de respirar e parou de se movimentar”, explica. Se ocorrer uma parada cardíaca, deve-se fazer uma compressão do tórax. “Ela vai mantendo um fluxo sanguíneo cerebral, um fluxo constante para evitar uma lesão cerebral”, diz.
Segundo as recomendações mais recentes, a respiração boca a boca só deve ser feita por especialistas em socorro, e não por leigos. “A cada minuto de retardo do atendimento, você perde 10% de chance de salvar essa vida”, alerta o socorrista.
A rapidez foi crucial no caso do auxiliar administrativo Rafael Carvalho. Há dois anos, ele voltava de metrô para casa quando teve uma parada cardíaca. “Eu me lembro, na realidade, de ter caído e de não ter sentido nenhuma dor. Apenas caído como se fosse desmaiar”, conta. Um médico residente seguia no mesmo vagão. Com a ajuda de um funcionário do metrô, treinado em primeiros socorros, Rafael foi atendido ali mesmo.
“O importante é que quem tem esse tipo de conhecimento não pense e não tenha nenhum tipo de preconceito na hora de atender uma pessoa”, afirma o auxiliar administrativo. “É uma história que vamos levar para o resto da vida”, disse o funcionário do metrô.
De volta ao treinamento, o ator agora simula um desmaio. “Utilizar álcool ou vinagre e passar nos pulsos da pessoa. Isso deve ser feito?”, pergunta um homem. “Não, esse álcool, quando inalado, é um sinal de agressão para o sistema nervoso central”, explica a socorrista.
Tapas e chacoalhões também não são recomendados. O importante é checar se a pessoa está respirando e com pulsação normal. “Se estiver tudo bem, resta aguardar, porque é uma situação transitória”, garante a socorrista.
Se a saliva, por exemplo, estiver atrapalhando a respiração, é preciso manter o pescoço esticado, liberando a circulação de ar. Os primeiros-socorros são fundamentais para evitar sequelas mais graves. “Cada minuto é importante para salvar o cérebro”, afirma o neurologista Rubens José Gagliardi.
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