segunda-feira, 27 de junho de 2011

Laranjeiras com quatro candidatos a prefeito?

Eleições 2012. A respeito do assunto muito tem se ouvido em Laranjeiras do Sul. Alguns comentários sem lógica, sem propósito, outros com algum embasamento e um que julgo interessante, apesar de não acreditar. Numa leitura ainda que grosseira a respeito do processo sucessório, inclusive alguns políticos de Laranjeiras do Sul afirmam que para as próximas eleições teremos quatro candidatos. O prefeito Berto Silva lança o seu; Sirlene e Algeri não abrem mão de disputar as eleições como cabeças de chapa e o PSDB lança Valter Becker, com total apoio do Presidente Estadual do Partido e atual presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni. Quatro candidatos disputando as eleições na majoritária seria fato inédito e histórico em Laranjeiras do Sul e o candidato do Prefeito ganharia as eleições. É claro que é uma visão simplista do processo sucessório, mas nós já fizemos esse cálculo aqui. Notem. Pesquisa do Área de Fronteira realizada em janeiro indica que 37,7% dos entrevistados votam no candidato que o prefeito indicar. A mais recente diz que 32% votam no candidato do Prefeito. Vamos arredondar para baixo esse número, 30%.


Levando-se em considerarão que, por exemplo, nas eleições para prefeito em 2008 tivemos do universo de eleitores em Laranjeiras aptos de 22.045,  17.817 foram votos bons. Em 2010, o número de eleitores em Laranjeiras subiu para 22.830. Para presidente da República foram 16.687 votos bons ou válidos. Vamos tomar por base os 17.817 votos válidos, porque a eleição é municipal, mais atrativa, os candidatos estão em contato direto com os eleitores  e a disputa é mais acirrada. Desperta maior interesse dos eleitores em participar do pleito. 30% desse total de votos válidos são pouco mais de 5.300 votos. Isso quer dizer na lógica que o candidato do Prefeito já arranca com esse número de votos e vai disputar os outros mais de  12.500 com os demais candidatos. Por isso entrar na disputa mais de dois candidatos é fornecer condições para a vitória situacionista. A oposição não pode cometer um erro dessa envergadura. Não pode subestimar a capacidade de articulação e a inteligência do atual mandatário, Berto Silva, que, além disso, tem a máquina na mão e, hipocrisia é dizer que ele não a usará nas próximas eleições. Quem pensar o contrário pode ser atropelado por um rolo compressor. A oposição unida, todos os partidos juntos contra o PMDB de Berto Silva terá uma eleição difícil, imagine esfacelada do jeito que está. Eleição não se ganha massageando egos, mas com inteligência e articulação política.

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