Nos consultórios, os campeões em reclamações são o ácido acetilsalicílico, a dipirona e o diclofenaco. Segundo Chiaverini, isso não significa que esses medicamentos são mais tóxicos que os demais, mas que a alta ingestão potencializa os riscos de reações. “Eles estão no topo da lista por serem amplamente consumidos, o que, ao longo do tempo, sensibiliza o organismo até ele responder com um processo alérgico.”
Corantes e xaropes provocam reações
Não é só a substância ativa do medicamento que pode causar alergia. Aditivos usados para dar cor e sabor mais atrativo aos remédios também podem causar reações. Os mais comuns se relacionam ao corante amarelo, a tartrazina, e ao vermelho-carmim – os mais usados pela indústria farmacêutica. “Nos últimos anos, tem havido um esforço das empresas para retirar os corantes dos produtos, principalmente nos usados por crianças, mas é importante que o paciente leia a bula com atenção para verificar se o que está ingerindo tem ou não um componente deste tipo”, aconselha a médica alergologista Gisele Kuntze.Entre os medicamentos, os principais focos de alergia a corantes são as suspensões (remédios líquidos, antibióticos, anti-inflamatórios e anti alérgicos) e produtos vendidos em drágeas (comprimidos revestidos). Como cada empresa pode usar os corantes que achar apropriados – ou nem usá-los –, a alergologista explica que são comuns casos de pessoas alérgicas ao remédio produzido por um laboratório e não ao feito por outro. “Com isso, percebemos que a pessoa tem alergia ao corante. Ela pode continuar tomando o remédio, mas sempre escolher a marca que não usa aquele tipo de aditivo.” (RB)
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