Foto: Arquivo pessoal
Rosinery Mello, conhecida como a "fogueteira do Maracanã", morreu na noite de sábado
Ela morava em Araruama, na Região dos Lagos, e deixou três filhos, sendo dois do segundo casamento, com um militar da Marinha. O sepultamento deverá ser nesta segunda-feira, em São Gonçalo, às 12 horas, no cemitério Parque da Paz.
No dia 3 de setembro de 1989, Brasil e Chile jogaram no Maracanã. Aos 24 minutos do segundo tempo, quando o Brasil vencia por 1 a 0, a torcedora, na época com 24 anos, disparou um sinalizador usado em embarcações. A chama foi em direção ao gramado e caiu próxima do goleiro chileno, Roberto Rojas, que caiu no chão, levando as mãos ao rosto. No estádio e também na transmissão pela televisão, a impressão geral foi de que o goleiro tivesse sido atingido pela chama. O goleiro foi carregado, ensanguentado, e o árbitro argentino Juan Lostau encerrou a partida depois de aguardar por 20 minutos o retorno dos chilenos ao gramado, o que não ocorreu.
Rosinery chegou a ser presa por conta do episódio, mas acabou liberada após ser constatado, através de fotos e imagens da televisão, que o sinalizador não atingiu Rojas. O goleiro chileno tinha uma lâmina na luva e cortou o próprio supercílio para simular o incidente. O fato foi confirmado posteriormente em exames que não apontaram vestígios de pólvora no ferimento. O Brasil escapou da punição e a torcedora ganhou fama.
Rojas, o técnico Orlando Avarena, o médico Daniel Rodríguez e o cartola Sergio Stoppel foram banidos do futebol pela Fifa, com a Federação Chilena, além do capitão Fernando Astengo, sendo suspensos por quatro anos. O episódio tirou o Chile das eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994. Rojas foi anistiado pela Fifa em 2001 e voltou a trabalhar no futebol como preparador de goleiros. Depois, chegou a ser técnico do São Paulo.
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